ANSIEDADE SOCIAL
“Eu me sinto um peixe fora d’agua!”
Também conhecida como Fobia Social ou Timidez Excessiva, a Ansiedade Social é um medo excessivo de situações sociais ou de desempenho em que a pessoa se preocupa com o que os outros podem pensar sobre ela, teme apresentar sintomas visíveis de ansiedade e receia ser minuciosamente avaliada em sua forma de se comportar. A impressão que a pessoa tem é a de que ela está sendo microscopicamente examinada, de tal forma que nada passará sem ser notado.
A maioria das pessoas pode sentir inicialmente certo desconforto em situações novas ou diante de pessoas desconhecidas, mas não a ponto de impedi-las de realizar o que tiverem que fazer. Porém, para quem sofre de Ansiedade Social, esse desconforto é insuportável e, muitas vezes, a ponto de a pessoa passar a evitar as situações sociais.
Existem graus de dificuldades para as situações sociais e de desempenho enfrentadas por pessoas com Ansiedade Social. As mais comuns são: falar em público, falar com desconhecidos, namorar ou situações sexuais íntimas, ser assertivo, falar com figuras de autoridade, ser o centro das atenções, comer ou beber em público, dançar, escrever em público, etc.
A abordagem cognitivo-comportamental nos apresenta os componentes da ansiedade, que nos permite compreender melhor como ela se processa, fornecendo o primeiro passo para entendê-la e enfrentá-la.
O primeiro componente da ansiedade é o fisiológico, que é responsável pelas sensações físicas que a pessoa sente quando está ansiosa. Elas são: palpitação, tontura, aperto no peito, sensação de sufocação, tremor (mãos, pernas), falta de ar, diarreia, náuseas, calafrios, formigamentos (nas mãos, pés e rosto), rubor, etc.
O segundo componente é o cognitivo. Cognitivo é a palavra que utilizamos para nos referir a pensamentos. Sendo assim, a pessoa que tem Ansiedade Social, costuma ter certos pensamentos a respeito do seu desempenho social ou sobre a avaliação que as pessoas podem estar fazendo sobre ela. Por exemplo: “Vou parecer um chato”; “Eles vão me achar um incompetente”; “Não vou conseguir falar nada”; “E se me der um branco”?; “Ela não vai querer falar comigo”. Esse tipo de pensamento aumenta a angustia e a ansiedade, levando a pessoa ao próximo componente.
O terceiro componente é o comportamental. Comportamento é algo que você pode observar alguém fazendo, como sorrir, falar, caminhar, gritar, gesticular. A pessoa ansiosa também pode ter um comportamento de evitação, ou seja, ela evita fazer alguma coisa que a deixa angustiada, como por exemplo, ir a uma festa ou deixar de apresentar um trabalho na Faculdade. Por outro lado, a pessoa ansiosa também pode utilizar o comportamento de evitação de outra maneira: Ir à festa, mas ficar conversando apenas com as pessoas da família.
A Ansiedade Social é um transtorno que afeta a qualidade de vida pelo sofrimento e o isolamento que impõe à pessoa, podendo atrapalhar o seu desenvolvimento acadêmico, social e profissional. Muitas pessoas com alto potencial intelectual e profissional abandonam suas carreiras porque não conseguem enfrentar os desafios das situações sociais. Esse quadro, associado ao isolamento social, pode contribuir para o desenvolvimento de outros transtornos como depressão, por exemplo, o que torna ainda mais difícil a vida da pessoa. Muitos não procuram tratamento porque acreditam que não há solução para o seu caso. No entanto, cada vez mais as pesquisas avançam e novas formas de tratamentos surgem para ajudar essas pessoas.
Com a Terapia Cognitivo-Comportamental a pessoa vai aprender a conhecer profundamente a forma como os seus pensamentos se processam e como eles interferem na sua emoção e no seu comportamento. Vai aprender a enfrentar de forma gradativa seus medos e desafiar as suas crenças errôneas que faz com que ela tenha uma percepção distorcida sobre ela mesma, as pessoas e a vida. Vai aprender, através de técnicas específicas, que pode controlar a sua ansiedade social e ter uma vida mais rica e satisfatória.
Se você tem Ansiedade Social, entre em contato conosco. Teremos grande prazer em
lhe ajudar.
Graça Oliveira
Psicóloga Clínica
Abordagem Cognitivo-Comportamental