top of page

EMPATIA: O calmante das relações

A empatia é um dos elementos que compõem o comportamento socialmente habilidoso. Os outros dois são a Assertividade e a Capacidade de Solucionar Problemas. É o equilíbrio dessas habilidades que nos permite manter relacionamentos saudáveis e duradouros.

 

Conceitualmente a Empatia é definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, de se sensibilizar com os seus sentimentos e de dizer algo que faça com que a pessoa se sinta acolhida e compreendida. Mas, no dia a dia, como reconhecer uma pessoa empática? Através de seu comportamento de respeito e consideração pelas outras pessoas.

 

Ser empático não significa concordar com as ideias dos outros e muito menos aprovar seus comportamentos.  Antes de tudo, a pessoa empática compreende que a outra é um ser humano e que simplesmente por isso, deve ser respeitada. Independentemente de sexo, idade, etnia, orientação sexual, religiosa, política ou filosófica.

 

A pessoa empática respeita os posicionamentos do outro embora não concorde com eles. Isso não significa aceitar, concordar, tolerar ou justificar comportamentos declaradamente abusivos, violentos ou criminosos. Ela também é basicamente uma pessoa pacífica, que prima pela harmonia nos relacionamentos, sejam eles quais forem: família, amizade, trabalho, social, etc. Essa natureza pacifica, lhe permite transitar pelas reuniões sociais sem causar transtornos, devido à consideração e ao respeito com que trata a todos. O empático não cria caso por qualquer coisinha, não faz questão de declarar seu ponto de vista de maneira agressiva só para mostrar que tem razão e nem exige que os outros concordem com ele.  Aliás, o empático vai avaliar o quanto vale a pena iniciar uma discussão, se isso não tiver uma grande relevância. Ele vai avaliar o custo benefício de alimentar um conflito na relação.

 

Empática é aquela pessoa que evita confusão sem necessidade, e mesmo quando o conflito surge, ela procura evitar deixar o outro constrangido. Não se utiliza de brincadeiras pejorativas, de mau gosto, que possam deixar o outro sem graça. E mesmo quando numa conversa a outra pessoa se desqualifica, dizendo, por exemplo: “como eu fui burro!”, a pessoa empática procura validar seus sentimentos e pode responder:  “não, você apenas deu um crédito de confiança que não foi valorizado”. Esta simples frase já pode deixar o outro mais confortável e se sentindo compreendido. O empático não critica ninguém na frente de outras pessoas. Aliás, ele não usa a crítica, fornece feedback ao comportamento do outro.  O empático encontra motivos para elogiar os outros. Usa um tom de voz ameno, não agressivo.

 

É agradável estar com uma pessoa empática porque ela nos faz sentir bem e confortáveis. Ela se interessa pelo que os outros têm a dizer, percebe e se solidariza com os sentimentos e o sofrimento dos outros. É aquela pessoa que percebe as necessidades dos outros sem que eles precisem revelar e sempre que possível, procurar ajudar.

É uma pessoa de boa vontade, que presta atenção aos outros e não interrompe seu discurso, que olha nos olhos do seu interlocutor e fala seu nome com frequência.

A pessoa empática consegue manter relacionamentos longos, saudáveis e harmoniosos em todas as esferas de sua vida. Conviver com uma pessoa empática é viver em paz, se sentindo compreendido e acolhido, por isso é tão agradável estar com ela.

 

Graça Oliveira – Psicóloga Clínica – Abordagem Cognitivo-Comportamental com ênfase em Terapia do Esquema

bottom of page