INSÔNIA
“Meu Deus, eu preciso dormir!"
A queixa principal de quem tem problemas com o sono é a insatisfação com a quantidade ou a qualidade do sono, além da dificuldade para iniciar ou manter o sono. O fato de não ter um sono reparador é angustiante para o portador, uma vez que isso afeta seu funcionamento na vida diária, tanto no ambiente social quanto profissional.
A pessoa costuma se deitar e observa as horas passando sem conseguir conciliar o sono. À medida que os minutos e as horas vão passando, a pessoa fica cada vez mais angustiada e ansiosa, sabendo de todas as coisas que precisa fazer na manhã seguinte e que agora “só preciso dormir”! Quanto mais ansiosa para dormir ela ficar, menos sono terá.
A insônia pode se apresentar de diversas formas: Insônia inicial é quando a pessoa tem dificuldade para conciliar o sono na hora de dormir. Insônia de manutenção ocorre quando a pessoa consegue dormir na hora certa, mas desperta com frequência, tendo dificuldade para dormir novamente. Na Insônia terminal a pessoa consegue conciliar o sono, mas acorda muito antes da hora prevista e não consegue retomar o sono.
Ocorre também a queixa do sono não reparador. Neste caso, embora a pessoa tenha dormido uma quantidade ideal de horas, ela se sente cansada ao levantar.
A falta de sono pode causar prejuízos tanto no trabalho quantos nas outras atividades diárias. Os prejuízos no desempenho cognitivo incluem dificuldade com atenção, concentração, memória e até na execução de habilidades manuais como por exemplo, dirigir. A falta de sono também está relacionada à irritabilidade e oscilação de humor.
Muitas vezes, a insônia é consequência de uma mente que não consegue parar. Pessoas ansiosas e preocupadas que não conseguem relaxar e deixar os problemas do dia para o dia seguinte, geralmente tem dificuldade para dormir.
Existem alguns hábitos desenvolvidos por pessoas que têm dificuldade para dormir que acabam aumentando ou perpetuando a insônia. São eles: permanecer na cama durante muito tempo esperando o sono chegar; dormir à hora em que o sono aparecer, cochilar durante o dia e monitorar a quantidade de horas que dormiu.
A insônia pode ser ocasional, durando apenas alguns dias ou semanas, quando está relacionada a algum evento na vida da pessoa e, nesse caso, tende a desaparecer tão logo cesse o evento que precipitou a insônia. Mas em alguns casos, a pessoa pode levar algum tempo para restabelecer sua rotina de sono.
Em alguns casos, uma pessoa que desenvolveu insônia por estar acamada e com dores, pode desenvolver uma insônia persistente, após a doença, por ter feito associação negativa entre as dores e o sono normal.
A insônia também pode começar de forma insidiosa, sem motivo aparente. Embora a insônia possa acontecer com crianças e adolescentes, ela é mais comum entre adultos de meia-idade e adultos mais velhos. Quando a insônia ocorre com crianças, geralmente está relacionada a mudanças na vida, como por exemplo, a criança que aprendeu sempre a dormir com a presença de alguém. Quando se trata de adolescentes, a insônia tende a ocorrer por falta de horários regulares para dormir. Entretanto, em crianças e adolescentes é preciso verificar se existem outros fatores, médicos ou psicológicos que estão contribuindo para a causa da insônia.
Se você tem problema de insônia procure um médico psiquiatra para diagnosticar a causa desse desconforto. A terapia cognitivo-comportamental também é indicada para aliviar os sintomas. Através de técnicas específicas, você vai aprender a mudar comportamentos e pensamentos que interferem na capacidade de dormir e criar hábitos saudáveis em relação ao sono.
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Graça Oliveira – Psicóloga Clínica – Abordagem Cognitivo-Comportamental com ênfase em Terapia do Esquema